terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Coisas que encontro em Leiria #3 - O Inferno dos Correios

Disse que nunca mais falava sobre isto, mas desde então as coisas desenvolveram-se. Depois de pensar que o meu amigo secreto tinha desaparecido da face do planeta, eis que ele resolveu responder à minha mensagem. Por acaso, o presente ainda estava como me foi retornado pelos correios, e como não me dou por vencida, decidi então fazer uma nova tentativa e enviar-lho novamente. Colei-lhe uma morada nova e lá fui eu toda contente para os correios.

Desde que fechou uma lojinha aqui no shopping onde eu ia enviar e receber as minhas encomendas, agora tenho de ir aos correios do centro da cidade. A última vez que precisei de ir aos correios (aqui), fui aos que ficam na rua Sá de Miranda, mas como desta vez tinha que ir ao centro da cidade, aproveitei e fui aos que ficam na Av. Heróis de Angola. Pensei cá para comigo, pior do que da última vez, não deve de ser... (S-A-N-T-A  I-N-O-C-Ê-N-C-I-A!)

Bem, entrei nos correios, tirei a senha do correio normal e vi uma sala de tamanho gigantesco, com todos os lugares sentados ocupados. Nem olhei para o número em que ia, apenas pensei que deviam de estar umas 532 pessoas à minha frente! 
Como quem não quer a coisa, e como a Baby B. ia comigo, cheguei-me mais à frente na esperança que a funcionária me visse e me desse prioridade. Passado um minuto, oiço a funcionária: "- A senhora aí do carrinho de bebé, se faz favor". Bem, olhei para um lado e para o outro para ver se haviam outros carrinhos de bebé e como não haviam pensei: - Isto da prioridade funciona mesmo! A Baby B. já serve para alguma coisa! Feliz da vida, dirigi-me ao balcão, entreguei a encomenda e disse: "- Boa Tarde, é para enviar em correio normal". A funcionária, como se alguém lhe estivesse a fazer mal, atirou o presente para cima da balança e colou-lhe o que, para mim, deve ser um selo. Depois, agarrou-o novamente e atirou-o, como se o meu presente tivesse a percorrer um arco-íris que começa no Rio Liz e termina na Lixeira da Barosa. Quando a minha encomenda caiu no caixote (ou entenda-se, Lixeira da Barosa), ouviu-se um P-U-M. Fechei os olhos, abanei a cabeça e pensei: - Que se F*, se o meu amigo me tivesse dado a morada correta logo à primeira, não andava aqui o presente aos trambolhões! A senhora virou-se para mim e disse: "- São 3,25€." Eu respirei fundo, agarrei na carteira, tirei uma nota de 5 euros e sem dizer PIU, paguei e recebi o troco. Despedi-me com um "Boa Tarde e Obrigada", por ter tido um atendimento 5 estrelas... 


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